A par do que aconteceu em Bissau, no dia 10 de julho de 2023 também foi apresentado em Gabu, com as Representações da RENARC, SINJOTECS, Ordem dos jornalistas e a LGDH, o relatório de estudo “Condições das mulheres e homens jornalistas na Guiné-Bissau”
Nessa apresentação participaram cerca de trinta jornalistas das rádios comunitárias da região de Gabu Bafatá.
Na ocasião, o representante da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Cabi Sanhá na sua intervenção fez questão de elogiar o trabalho ora realizado pela equipa da AMPROCS em colaboração com a ACEP e incentivou os jornalistas sobretudo as mulheres a lerem o referido relatório no sentido de corrigir certas vicissitudes que afetam a classe.
A presidente da AMPROCS por sua vez fez a introdução dos pontos essenciais do estudo associado com falta da independência económica dos jornalistas, desigualdade de género na imprensa guineense e a interferência do poder politico nas tarefas dos jornalistas. No evento foram também explicadas as etapas da produção do relatório de estudo sobre “Condições das Mulheres e Homens Jornalistas na Guiné-Bissau” chamada a atenção das jornalistas a denunciarem sempre situações de assédio que ainda é tida como um tabu na sociedade guineense.
Em nome da governadora, Levi da Costa apelou a imprensa daquela região a ter em conta os dados divulgados pelo estudo e a interiorizar princípio da neutralidade e objetividade no tratamento da informação.
Apresentação do Relatório
Já no ato da apresentação, o autor do relatório diz que o estudo em causa apreciou a questão da igualdade de género, situação económica dos jornalistas, a relação dos jornalistas com o poder assim como o aspeto da formação do pessoal da imprensa guineense.
No ato do debate os participantes disseram que os resultados do estudo ora apresentados são uma radiografia dos cenários ínsitos a imprensa guineense e lamentaram a situação da falta da independência económica dos profissionais da comunicação social Guineense, situação que muita das vezes descredibiliza as atividades dos profissionais da imprensa.
Ainda no capítulo do debate, foi levantada a questão sobre “que a postura deve ter um jornalista que trabalha diariamente, mas não tem salário?”
Debate
Em resposta, o apresentador assegurou que o suborno no exercício da profissão jornalística é grave e por outro lado não dignifica os profissionais da imprensa, tanto assim que apelou o máximo de respeito aos princípios éticos e deontológicos dos jornalistas, instrumentos que garantam maior neutralidade e objetividade dos jornalistas no exercício da profissão.
Recomendações
Nas recomendações, a presidente da AMPROCS, aconselhou os profissionais da imprensa a denunciarem qualquer tentativa de assédio sexual e moral e a lutarem afincadamente para que a situação da desigualdade de género seja banida. Por outro lado, apelou aos presentes neste caso os profissionais a obedecerem sempre os princípios éticos e deontológicos no tratamento das informações.