No mesmo dia dia cinco (5) de março de 2024, foi apresentado o relatório de monitoria de conteúdos produzidos por órgãos de comunica social guineense no que diz respeito a linguagem de incitamento ao ódio e a perspetiva de igualdade de género, o trabalho de monitoria envolveu três estudantes universitários da área da comunicação social
Durante 30 dias foram monitorizados 17 órgãos da comunicação social, incluído radio, jornais televisão e media digitais. Concluiu-se que 91% das violações éticas passaram por canal radiofónico, através dos apresentadores do programa.
O autor conclui que nos conteúdos informativos dos diferentes media está evidente que o discurso de odio está a ganhar proporções maiores sobretudo no seio das autoridades politicas. As conclusões do relatório sublinharam ainda que as violações éticas prevalecem no espaço mediático, além disso, os resultados confirmaram o incumprimento dos princípios jornalísticos da decência, precisão e sensibilidade pública.
Sobre a frequência com que as mulheres participam nos conteúdos produzidos pelos media na Guiné-Bissau, o autor assegurou que foi notória a presença ou destaque da mulher nos conteúdos dos media monitorizados durante os trinta dias do trabalho.
Recomendações
Aos apresentadores e editores: as recomendações incidem sobre o dever de instituir o princípio da tolerância zero em relação aos conteúdos ou declarações pouco éticas.
Em relação aos proprietários dos órgãos de comunicação social: estes são encorajados a instituir um elevado padrão de respeito pelos princípios éticos.
À comunidade internacional: falou-se da necessidade deste apoiar mais ações de capacitação aos jornalistas.
Aos atores da classe jornalística: o autor evocou a necessidade de coordenação dos esforços dos atores do media de defesa dos interesses da classe, como a SINJOTECS, Ordem de Jornalistas da Guiné-Bissau, AMPROCS e RENARC, para assegurar que os seus membros respeitem os princípios éticos que orientam a profissão.
Às autoridades reguladoras da comunicação social na Guiné-Bissau: é recomendado a necessidade de regular o conteúdo dos media nacionais, também e igualmente a aplicação de mecanismos que possam suprimir o desrespeito dos princípios éticos por parte dos meios de comunicação social.
O período da tarde dos dias 5 e 6 foram reservadas a parte prática onde a jornalista e consultora moçambicana Zinaida Machado animou a oficina sobre direitos humanos.