No quadro da 10ª edição da Quinzena dos Direitos ACEP E AMPROCS promoveram no dia cinco (5) de março de 2024 na casa dos direitos a conferência internacional intitulada, “entre Norte e Sul: Histórias sobre Jornalismo e Direitos Humanos.
Na ocasião, a Presidente da AMPROCS, admitiu o papel crucial dos jornalistas na narrativa dos direitos humanos.
Por seu turno, a presidente do Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS) Indira Correia Baldé manifestou a sua inquietação face às violações sistemáticas da liberdade de imprensa e de expressão na Guiné-Bissau, encorajando os profissionais da comunicação a reforçarem os compromissos com os princípios éticos e deontológicos e as causas do jornalismo.
A conferência foi brindada com relatos de experiências do jornalista sénior da Guiné-Bissau, Fernando Jorge,
Nesse evento, Fernando Jorge ao falar da sua experiencia enquanto jornalista diz que fazer jornalismo é também pensar nos temas que podem alterar o estado das coisas numa sociedade ou seja é estar próximo da sociedade para se inteirar das suas dificuldades e contar historias que podem trazer resultados benéficos para referida comunidade ou zona urbana.
Transmitindo boas práticas, Fernando Jorge chamou atenção aos jornalistas a solidificarem as suas capacidades profissionais a fim de estar à altura das exigências impostas pela sociedade.
Em suma o decano da comunicação social guineense quer que os mais novos não fiquem integralmente focados na matéria politica, mas também que foquem as suas ações de reportagens nos temas sociais que vão mudando a vida dos populares nas suas comunidades.
Por sua vez a jornalista e consultora Moçambicana, Zenaida Machado, falando do perigo da profissão jornalística em Moçambique, concretamente em Cabo Delgado diz que ser jornalista é admitir ser “uma vitima assumida”
Durante workshop, Zenaida Machado foi mais longe, exortando que o compromisso de qualquer jornalista tem que ser com a ética, a deontologia profissional e com a sua sociedade.
Para ela a tarefa do jornalista na matéria dos Direitos humanos deve interessar a todos “por isso os jornalistas não devem remeter-se ao silêncio por razoes de medo” sublinhou
Na ótica duma das participantes de cabo-verde, a violação dos direitos humanos na Guiné-Bissau significa a violação em toda parte. Segundo esta interveniente de cabo-verde, não deve ser apenas os jornalistas a defenderem a situação dos direitos humanos, mas a sociedade em geral também tem essa responsabilidade.